Domingo era dia de escrever, dia de postar, dia de deixar fluir.
Infelizmente (ou melhor, felizmente) tenho conseguido aproveitar ao máximo meu tempo e criei o hábito de estudar todos os dias, inclusive aos sábados e domingos, por isso, findado o dia, quando deveria estar preparando a mente para as palavras, falta ao corpo forças para sentar ante o computador e deixar fluir.
Sendo assim, resolvi fazer diferente. O post de domingo que ficou para hoje vai dar lugar a um texto que escrevi há 4 anos em homenagem a uma das nossas sobrinhas - Daniela, o qual encontrei por acaso, procurando um dos meus materiais de estudo, dentre aqueles enfileirados para impressão.
Me deu uma saudade.
Enjoy ...
Daniela e os damascos
As chuvas foram suficientes para molhar a terra
E o verde das mudas começava a brotar.
A medida que o ramos surgiam
E as folhas apareciam,
A Beleza das flores enchia de encanto o lugar.
Quando os frutos começaram a exibir-se
Nos galhos esplendorosos das belas damasqueiras,
A pequena Daniela já dava seus primeiros passos.
Tão ávida e cheia de energia,
Crescia Daniela, cercada de damascos.
A cada novo ano a estação trazia
Belos e suculentos frutos.
Macios e delicados,
Atraentes e rosados.
O destino deles já era certo:
Recheios e doces, sorvetes e musses.
Daniela desfilava com uma cesta em suas mãos,
O esfoço era tamanho mas o sorriso era de satisfação.
A cada amanhecer, uma nova aventura,
Ela corria e brincava
À música do vento, dançava.
No alto das árvores se viam as frutas imponentes
Elas deixavam o campo lindo de tão reluzentes.
Os raios de sol que atravessavam a plantação
Coravam a pele clara, da pequena dama
Que sentava-se para descansar por alguns minutos,
Apenas para observar os frutos.
Que cena gloriosa aquela,
Quando se via a bela Daniela
Em seus dias de euforia,
De brincadeira e correria,
Entre campos de magníficos arbustos
Cercados de damascos graciosos e robustos.
Como poderia passar melhor infância que esta?
Se na companhia das frutas sua vida era uma festa!?
A menina aprendeu a amar,
E ainda criança prometeu cuidar,
Com bravura e gentileza,
Do campo, do verde, da natureza.
Vê-se que as sementes de damasco
Em seu coração plantadas encontraram espaço,
Fez-se uma damasqueira em seu interior
Cheia de vida, coberta de esplendor.
E assim, com o passar dos anos ambos floresciam;
Os frutos laranjas a perfumar o ar,
E Daniela a cobrir de cores o resto do lugar.